sexta-feira, 21 de junho de 2013

Sugestão de Atividade



Inseridos inicialmente no trabalho do Eixo "Artes Visuais", podemos trabalhar com os alunos a confecção de Tintas naturais. 

Além da interiorização do processo de produção de algo, após terminada a confecção das tintas as crianças podem se utilizar delas para a produção artística, contemplando três etapas de um mesmo processo; 

-A produção da matéria prima;
-A utilização da matéria prima para a produção artística e 
-A apreciação das obras de arte produzidas, desde o início, pelos alunos.

Vamos ao trabalho!

Tintas Naturais

Tinta de legumes e/ou verduras
Ingredientes:
Água
Pedaços de beterraba ou couve
Modo de preparo:
Bata no liquidificador o legume ou a verdura com pouca água. Não é necessário coar.
Variações:
Para obter uma massa mole, tipo meleca, acrescente farinha de trigo e óleo. Para conseguir efeito aquarela, acrescente água.
Ainda é possível engrossar a tinta. Coloque tudo em uma panela, acrescente amido de milho ou farinha de trigo à mistura e cozinhe até ficar com aparência de mingau. Poderá ser usada quando estiver fria ou morna.
Tinta de terra
Ingredientes:
Água
Terra (preta, vermelha ou marrom)
Cola branca
Modo de preparo:
Em um recipiente, amoleça a terra com pouca água e acrescente a cola. A massa deve ficar com aparência de mingau mole.
Variações:
Ponha serragem ou pó de serra para adquirir textura.
Tinta guache
Essa tinta é comprada pronta e encontrada em variados tamanhos de embalagens.
Variações:
Para conseguir relevo quando a tinta secar, acrescente farinha de trigo. Para adquirir aparência de lixa, coloque areia e cola. Com um pouco de água, é possível ter aspecto de aquarela.

Fonte: http://revistaescola.abril.uol.com.br/ed_anteriores_especiais/educacao_infantil/tintas.doc


Outra possibilidade é o trabalho com a fabricação de materiais artísticos de outra natureza, como massinhas para escultura, "melecas" atóxicas que podem ser manipuladas pelos pequenos sem causar nenhum risco á saúde.

Seguem mais sugestões:

Trabalho com anilina
Esta deve ser usada sempre diluída e como as crianças são pequenas use a comestível em pasta que não é tóxica.
Variações:
-anilina com água: dá um efeito opaco e deve ser usado em papéis porosos como: cartolina, camurça, sulfite,... Usar 1 colher rasa de café em 100ml de água
-anilina com cola: quando seca deixa a tinta brilhante por causa da cola. Indicada para todo tipo de papel. Usar 1 colher rasa de café em 150 ml de cola.
Espalhe as tintas e os suportes nas mesas e peça para as crianças pintarem, explorando os efeitos da tinta sobre o papel, enquanto ouvem a música preferida da classe, 
Trabalho com tinta de maisena (finger)
Esta tinta deve ser usada sobre superfícies grossas como papelão ou papel cartão devido ao peso. Quando seca começa a quebrar e o trabalho fica cheio de rachaduras. Pode ser guardado em geladeira durante 3 semanas e para o trabalho ser arquivado deve-se utilizar pequenas quantidades de tinta pelo papel.
Variações:
-para um finger mais consistente, utilize 300g de maisena diluída em 2 litros de água. Levar ao fogo mexendo sempre até formar um mingau. Pode ser colorido com gelatina
-num finger mais mole, a quantidade de maisena cai par 200g/2 litros
Importante: esse tipo de tinta deve levar um conservante que pode ser sal (1 colher de sopa cheia para cada medida ) ou vinagre( 2 colheres de sopa rasas) 

Trabalho com tinta de sagu
Prepare o sagu no sabor uva ou morango e coloque sal como conservante (1 colher de sopa cheia para cada medida).Prepare o local, colando na parede papéis craft, para que as crianças trabalhem de pé. Pinte com o sagu a palma das mãos das crianças para que elas a imprimam sobre o papel. Você pode pintar a sua e fazer a demonstração. Não faça o trabalho por elas. 

Uma variação possível desta atividade é a pintura da sola dos pés. Elas podem imprimir os pés enquanto caminham sobre um papel comprido. Chame a atenção para o fato de as marcas ficarem bem visíveis no início e irem desaparecendo à medida que a tinta é gasta. 
Importante: as pinturas terão curta duração (faz-se, expõe por uns dias e joga-se fora porque o sagu não seca) 

Ao termino de cada atividade faça uma roda de apreciação incentivando o cuidado que os pequenos devem ter com os seus trabalhos e com os dos colegas. Monte uma exposição num lugar de visibilidade da escola para que os trabalhos sejam apreciados por todos 

Exploração de texturas e melecas
Objetivos 
- Explorar texturas de tintas e melecas. 
- Utilizar diferentes instrumentos para pintura. 

Ano
Creche. 

Tempo estimado 
Durante todo o ano, ao menos uma vez por semana. 

Material necessário 
Bacias grandes, utensílios de cozinha como coadores, espátulas, colheres, escumadeiras, pratinhos e vasilhas de diferentes tamanhos. Pincéis, brochinhas, rolinhos de pintor, esponjas e suportes grandes, como papéis, tecidos lisos, plásticos e caixas de papelão. Farinha de trigo, gelatina em pó com cores fortes, amido de milho, corante comestível (anilina) e natural, feitos com frutas e geléias, para preparar tintas e massas (para cada xícara de água morna, acrescente uma de amido de milho e um pacote de gelatina. É possível variar a densidade da meleca acrescentando mais água ou mais farinha. Para mudar as cores, acrescente o corante. 

Flexibilização
Para alunos com deficiência física 
Para trabalhar com bebês com deficiência física nos membros superiores, envolva os rolinhos e os pincéis em espuma. Isso vai ajudar os pequenos a ter mais firmeza na hora de fazer as primeiras pinturas. Você pode fixar papeis em pranchetas inclinadas e colocar em frente ao bebê ou fazer com que a criança crie suas próprias estratégias para pintar nos papeis fixados no chão. Estimule que ela pinte com os pés junto dos colegas e deixe as tintas em lugares acessíveis e próximos da criança com deficiência. Os outros bebês também ajudam a criança a segurar alguns objetos ou alcançar os potes de tinta. 

Desenvolvimento 
1ª etapa
As experimentações com as tintas podem ocorrer na sala, em uma oficina de artes ou em espaços externos. Monte o local deixando à mão tudo o que será necessário para o andamento da proposta, pois assim você pode ficar mais atento às crianças e suas explorações. Forre o piso (se estiver num espaço de uso coletivo ou sala) e ofereça papéis no chão, na mesinha ou na parede para que deixem marcas. Coloque o material ao alcance de todos e deixe as crianças de fraldas ou roupas que possam sujar. Planeje também como será a arrumação ao fim da atividade: onde serão colocadas as produções? Quem ajudará na limpeza e no atendimento às crianças? Quem documentará a atividade? Planeje como mostrar os primeiros resultados da atividade, incluindo as fotos, às famílias. Assim, todos poderão participar, mesmo que indiretamente. 

2ª etapa
Apresente os materiais aos bebês. É importante que eles diferenciem os momentos de trabalho daqueles de alimentação. Por isso, não os incentive a comer durante as atividades, mesmo que os materiais sejam comestíveis. Mostre o que poderão fazer com as tintas. Inicie utilizando apenas água e depois amplie para misturas e melecas, como massas de amido ou farinha com corantes ou gelatinas. Ao acrescentar uma cor forte, pergunte: "Estão vendo como a cor mudou?" Para os mais crescidos, é possível introduzir terra, areia, folhas e sementes. Se fizer uma tinta de gelatina, por exemplo, deixe que cheirem, toquem e brinquem. É importante que eles se familiarizem com os materiais de apoio antes de a atividade começar - uma bacia pode ser tão interessante quanto seu conteúdo. O foco da atividade, porém, deve ser exploração de texturas. 

3ª etapa
Convide o grupo a explorar as propriedades e possibilidades dos materiais. É possível organizar, por exemplo, uma atividade para explorar texturas de determinado material ou então uma para que os pequenos utilizem mais um tipo de instrumento, como o pincel, a brochinha e o rolinho de pintor. Nesse momento, diga: "Veja como com o rolinho você pinta uma área maior. Com o pincel, só dá para fazer um risco". Vale testar também as diferenças entre pintar com as mãos, que dá mais controle, ou com os pés, com pincéis e rolinhos, que tendem a ser mais difíceis de controlar.

Avaliação 
Observe atentamente durante todo o processo. Isso dará indícios de como propor as próximas atividades. Em alguns casos, vale fazer pautas de observação individual, pois cada criança pode apresentar formas muito distintas de aproximação dos materiais: algumas se lambuzam logo no primeiro dia e aos poucos vão se concentrando em explorações mais definidas. Outras demoram mais tempo para se soltar e há ainda as que insistem em pesquisas específicas de cores, misturas ou ocupação dos suportes etc. No dia seguinte ao trabalho, retome com o processo documentado, conversando com todos para ver se lembram quais os materiais e utensílios foram usados em cada atividade.

Consultoria: Daniela Pannuti
Orientadora pedagógica do Colégio Vera Cruz, em São Paulo.


Programem as atividades com as crianças e comentem aqui os resultados obtidos!

Abraços!

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